terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caminhava sozinha, olhando o mar batendo furiosamente nas pedras ao longe.
Pensava sobre como o mar poderia facilmente, naquele momento, descrever seu estado de espírito.
Aquela fúria era resultado daquelas emoções que pareciam um tigre enjaulado dentro de seu coração.
E aquilo doía.
Ao caminhar por aquela abismo de trilha estreita e se ver entre o paredão de rochas cinzentas e as pedras que recebiam a fúria do mar pensou em suas opções...
Continuar num caminho que talvez só levasse a um destino que a obrigaria a dar meia volta ou lançar-se ao vazio acreditando em anjos mesmo sabendo que poderia se esborrachar nas pedras la em baixo. Ou talvez, contar com a compaixão de um mar alto, que amortecesse sua queda.
Enquanto sentia o vento, que aumentava de intensidade a medida que subia, sentia-se cada vez mais livre.
E ao chegar no final daquela trilha, naquele platô verde, com cheiro de terra molhada e ninhos de pássaros, percebeu que não queria fazer o caminho de volta.
Queria aquela sensação de liberdade para sempre.
Por isso correu com o mais rapido que podia e pulou ao infinito.
Ela acreditava em anjos e gaivotas.
E só por isso sabia que ficaria bem...


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