sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pertença-me, mas seja livre...

"Preciso dizer que te amo.
Nessa caminhada em direção a esse lugar que eu nem sei onde é, é a tua lembrança que me acompanha, é a vontade de ver teu sorriso que me permite sorrir mais e mais a cada dia.
Eu sei que nada do que poderíamos ter sido foi, mas eu gostaria muito que fôssemos, que sejamos...
Penso que tudo o que sonhamos, juntos e separados, pode ser.
Que é possível.
Basta que queiramos nos doar um para o outro.
E penso em você quando ouço um som que me lembre seus gostos, como ontem, ou quando ouço uma letra que me lembre nossa história tão sem pontos definidos, que você poderia estar ao meu lado e assim poderíamos trocar olhares e sorrisos cúmplices por estar partilhando algo que só nós saberíamos, porque saberíamos.
E seriamos um pouco mais um do outro do que somos agora e do que sempre seremos, ainda que nunca sejamos nós.
Mas não teríamos essa interrogação pairando sobre nossas cabeças quando nos perguntam sobre o que foi feito do que éramos ou mesmo do que podíamos ser. Teríamos as respostas. Ainda que não definitivas.
Preciso hoje dizer que você foi a coisa mais louca que me aconteceu porque ficou entranhado em algum lugar fundo demais para ser jogado de lado. Que por mais que eu queira esquecer de sua existência, tudo me suscita você, tudo tem um pouco da pessoa que você era pra mim, tudo é você.
E, embora eu não precise de muito para ser feliz, ainda não aprendi a sê-lo com nada e só por isso eu te preciso, por isso eu preciso que você me pertença.
Ainda que seja somente para dizermos que não era mesmo para ser.
E seguirmos adiante.
Felizes e com lembranças doces.
E livres, livres, livres.
Eu amo seu sorriso.
Eu amo você."

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