segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Estava lendo a coluna da incrível Milly Lacombe, que tem o poder mais instantâneo que conheço de me emocionar falando de sentimentos e pensei em você.
Abro um dos meus tantos blocos de anotações e começo a ler algo que escrevi 2 anos atrás, no avião, voltando pra casa.
Encontro a página lá, perdida no meio de anotações de contas (?!?!?).
Não preciso ir muito adiante.
Ainda na primeira das 8 pequenas páginas que escrevi com os olhos marejados naquele vôo, encontro algo escrito que me faz entender que não sei se um dia conseguiremos ficar longe por completo um do outro. Ainda que não estejamos perto quase nunca.
"A gente é. Não sei exatamente o que, mas a gente é. Assim mesmo. Não no plural. Não somos. É."
No singular, no presente. Exatamente como agora, anos depois. Parte de um todo.
E, mesmo com toda essa permanência do não presente e ainda assim com a não ausência, eu ainda tenho tanto a descobrir.
Enfim, volto a Milly e, mais uma vez, como em milhares de outras, ela escreve algo que eu gostaria de te dizer, como aquela declaração de amor, que li no dia em que você veio ver apenas se o meu mundo ainda estava de pé. "Você é meu orgulho". "Essa pessoas que vai cuidar de você até o ultimo dia sou eu".
Ela tem uma alma rara. Do meu tipo favorito de gente. Aqueles seres de peito aberto.
Quanto penso nela, me lembro no quanto a frase do livro da Liliane Prata é cheia de verdades:
"- Me apaixono por pessoas, Marina."
E mais uma vez ela encerra uma crônica com algo que eu queria muito poder viver com você:
"Você me vê e sorri. Abaixa e me beija, sussurrando desculpas pela noite maldormida. E eu entendo que posso passar mais 100 mil noites como essa porque tudo o que me importa é abrir os olhos e ver você, todos os dias, do meu lado".
Creio que não preciso dizer mais nada por agora.
Se você chegar aqui, vai saber que eu escrevi pra você cada uma dessas palavras, mesmo as roubadas, porque eu precisava te dizer de novo, e que, nesse mundo sem sentido, não sei como não sentir isso tudo por você, embora ainda deseje que você seja delirantemente feliz, do jeito e com quem for...

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