sábado, 5 de novembro de 2011

Sobre o cuidar...

Eu sempre fui quem cuida.
Sempre cuidei das pessoas, dos sentimentos alheios, das suas enfermidades de corpo e alma, do problema, da raiva, da dor.
Eu sempre estive lá (ou aqui) para ouvir, para fazer um mimo, para colocar para dormir, pra fazer a sopa, o brigadeiro, dar o colo.
Ai eu cresci.
E continuei fazendo tudo igualzinho.
Dai você cresce mais ainda e percebe que você já cuidou tanto de todo mundo e que ainda vai cuidar muito, mas nesse momento você precisa de um momento para respirar, de um colo pra descansar do peso do mundo, de alguém pra te colocar pra dormir.
E é estranho.
É esquisito demais pensar que você precisa ser cuidado quando você sempre cuidou de tudo e todos.
Mas eu to assim.
Querendo um colo pra deitar depois de toda jornada, depois de domar meus leões.
E não me acostumei com isso.
Enfim, paro, penso nisso e percebo que preciso reaprender a me permitir que o coração dê algumas ordens.
Não se faz ENEM pro coração nem se resolve isso com questões de raciocínio lógico.
E essa necessidade de cuidado não é nada além de carência!
Difícil admitir, mas estamos aê!
Nem tirou pedaço!

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