terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Abraços partidos (?)

Nome do ultimo filme de Almodovar (Alias eu preciso ver TODOS os filmes do Almodovar, estou com vários buracos na filmografia do gênio) e que vem me fazendo pensar muito nos últimos dias.
O quanto nos contentamos com abraços partidos?
O quanto ficamos felizes com coisas pela metade apenas por medo de não ter o inteiro e nos contentamos com pouco?
Venho pensando no quanto eu me contentei com coisas aos poucos, com migalhas, com abraços partidos e tomei uma decisão que já pairava sobre minha cabeça há tempos...
Não quero NADA pela metade!
Quero sorrisos inteiros, paixões avaçaladoras, amores intensos, desejos incontroláveis, apetites enormes, insaciaveis...
Exagero?
Não. Não acho.
Tudo que começa morno demais corre o risco de esfriar antes do tempo e como a temperatura já era baixa pra que vc vai lutar para reacender o fogo?
Quero que queime para que quando esfriar eu possa aquece-lo com saudades daquele calor que me provocava antes, no inicio.
Quero que inunde meu pensamento e minha alma, que me faça esquecer de tudo a minha volta e simplesmente mergulhar de cabeça.
Quero me reapaixonar todos os dias de novo e de novo e de novo... Pela mesma pessoa, pelo mesmo emprego, pelo mesmo projeto, pelo mesmo lugar, pelos mesmos amigos...
Quero me permitir toda a intensidade que sempre me foi característica e da qual eu me poupei por tempo demais.
Quero abraços inteiros, de corpo colado, daqueles que envolvem a alma e confortam de todas as mazelas, daqueles que transmitem calor e dividem as alegrias.
Quero tudo.
E quero pra sempre. Ainda que o para sempre não seja eterno.
Abraços partidos? Não obrigada.
Esses não são pra mim...

2 comentários:

  1. Abraços partidos me soam abraços de despedida. Não gosto não...


    Amada,
    feliz ano novo! Que a nossa parceria perdure por toda uma eterninadade...

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  2. Ah quero ver esse filme do Almodóvar...

    Eu tenho me conformado com o pouco da vida, com metades, já que não posso ter por inteiro. É péssimo.

    Tive abraços inteiros, agora já não os tenho mais. Só tenho as sobras, as metades e se me sobraram abraços, são abraços partidos.

    O pior é ter medo de perder esses pequenos abraços partidos que fazem muita falta ainda. Preciso recomeçar em algumas coisas e procurar algo que me complete por inteiro.

    Beijos Marina.

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